Diariamente somos surpreendidos por atitudes e posturas de
pessoas que julgamos conhecer muito bem. Quando isso acontece nos damos conta
que as pessoas passam uma vida inteira nos surpreendendo, seja positiva ou
negativamente.
A sensação que temos é a de que nunca conhecemos alguém de
verdade ou o suficiente. Mas por que isso acontece? Será que as pessoas mudam o
tempo todo? Essa insegurança em relação ao outro é o que vem comprometendo
relações profissionais, relações de amizade, e até mesmo sentimentais.
A cada ano que passa essa insegurança se intensifica, na
medida em que o mundo começa a exigir cada vez mais de nós, relacionar-se com o
outro se torna o grande desafio. Digo desafio, porque para sobreviver no mundo
das empresas principalmente, as pessoas se utilizam de artifícios que
contrariam seus próprios valores.
Quanto mais desejamos conhecer alguém de verdade, mas esse
alguém nos parece estranho. As pessoas não nos parecem claras, temos
dificuldades para decifrar quem é quem e desejamos diariamente tornarmos
psicólogos para então poder compreender o outro. O fato é que as pessoas reagem
de acordo com os seus interesses ou necessidades e não de acordo com os seus
valores E costumes. Claro que toda regra tem exceções, mas precisamos admitir
que para muitos a moral e os bons costumes passou a fazer parte do passado.
Em um mundo com tantas mudanças, instabilidades, cada
situação requer uma postura, aprendemos que precisamos ser adaptáveis,
profissional camaleão, interdependentes, e por aí vai... Sendo assim, vamos nos
vestindo com vários rostos, que atendam a necessidade naquele momento, muitas
vezes nos manifestamos com a chamada “cara de paisagem” quando consideramos que
não podemos expressar aquilo que realmente estamos sentindo.
Sentimos falta da nossa própria personalidade, e como dizia
Charles Chaplin “nossos conhecimentos fizeram-nos céticos. Pensamos em demasia
e sentimos bem pouco. Mais do que inteligência, precisamos de afeição e
doçura”. Sentimos falta da inocência, da pureza, da verdadeira identidade de
todos nós. Desta reflexão fica uma certeza: Colocar a mão no fogo por alguém
está cada vez mais difícil e raro. É hora de pensar como estamos construindo
nossos relacionamentos.
*Gabriel Colle: Engenheiro Agrônomo, Empresário; Mestrando em Administração, Pós Graduado em Gestão Empresarial Competitiva; Pós Graduado da Sociedade Brasileira de Dinâmica dos Grupos; MBA em Liderança e Comportamento Organizacional; Membro da Câmara Setorial de Agronegócio, do Planejamento Estratégico Passo Fundo 2020; Consultor e Instrutor do Sebrae; Sócio-proprietário da Lauca Treinamentos & Desenvolvimento; Palestrante Empresarial; Autor dos livros : Aprenda a Falar em Público com Eficácia (6ª Edição); Seja Diferente no Mundo dos Semelhantes; Seja + Produtivo (2012); Marketing de Relacionamentos – Ed. Ser Mais; Autor de DVD sobre vendas e oratória; Atuou como Presidente Nacional da Júnior Chamber Internacional (JCI Brasil) em 2012;
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