Um advogado de Cuiabá afirmou que foi vítima de um golpe já praticado em outros Estados, por uma quadrilha que vende panelas falsificadas, da marca Verona, por preços que chegam a R$ 1,4 mil.
Conforme o advogado, que pediu para não ser identificado, a quadrilha também clona os cartões de crédito das vítimas. Uma reportagem, postada no YouTube, relata como age a quadrilha (veja abaixo).
Conforme o advogado, que pediu para não ser identificado, a quadrilha também clona os cartões de crédito das vítimas. Uma reportagem, postada no YouTube, relata como age a quadrilha (veja abaixo).
Ele contou que foi abordado por uma mulher na saída do estacionamento do Supermercado Big Lar, do Três Américas. Uma mulher ofereceu a ele e à sua esposa as “famosas panelas usadas pelo chef de cozinha Edu Guedes”.
“Ela nos abordou já do lado de fora do mercado, na rua que dá acesso ao estacionamento, e nos ofereceu essas panelas. Ela estava abordando várias pessoas que entravam ali, afirmando que participou de uma exposição na Capital e que precisava se desfazer dos produtos o mais rápido possível para seguir viagem”, afirmou.
O conjunto de panelas oferecido ao casal custava R$ 750. Para provar a resistência do produto, a mulher chegou a usar uma chave de fenda para tentar “riscar” os fundos da panela – provando que a mesma não apresenta nenhum dano após a ação – e ainda jogou a tampa de vidro no chão, mostrando que a mesma era “inquebrável”.
A suposta vendedora chegou a mostrar um “bolo” de comprovantes de cartões de crédito de vendas que teriam sido feitas na Capital, para comprovar que era uma comerciante legalizada.
“Ela mostrou comprovantes de cartão de até R$ 1,4 mil, de pessoas que compraram coisas com ela por aqui”, disse.
Mesmo assim, o advogado disse ter ficado desconfiado da conversa e das atitudes da mulher – bem como a forma como foi abordado, no escuro e tarde da noite – e resolveu tirar fotos tanto da vendedora, enquanto ela mostrava todos os benefícios do produto à sua esposa.
“Vimos que o produto era aparentemente muito bom, mas fiquei desconfiado. E a mulher, quando viu que eu estava tirando fotos, ficou bastante nervosa e quis desistir da venda”, disse.
O casal acabou por comprar as panelas com a suposta comerciante, pagando um total de R$ 250 pelo conjunto, mas descobriu, ao chegar em sua casa, que o produto era falsificado.
“A panela que ela vende é falsificada e ela a está vendendo em vários lugares. Quando chegamos em casa, vi que a panela era falsa, que estava soltando a tinta do lado externo, próximo ao cabo”, afirmou.
“Já alertei o Procon Municipal e vou registrar um boletim de ocorrência, porque outras pessoas podem ter caído ou ainda irão cair nesse golpe”, completou.
Clonagem de cartões
O problema, porém, pode ser mais grave do que apenas a falsificação do material adquirido. Ao fazer pesquisa na internet, o advogado verificou a semelhança da mulher que o abordou com uma suspeita que foi presa pelo mesmo golpe em Recife (PE), e liberada por falta de flagrante.
“Tenho certeza de que se trata da mesma pessoa. E, nesses golpes que ela aplicou em outros locais, ela usava a máquina de cartões para clonar os cartões de crédito das vítimas. Inclusive já bloqueei o meu cartão para não correr esse risco”, afirmou.
A matéria assistida pelo advogado foi veiculada pelo jornal “O Povo na TV”, do canal SBT, em 13 de fevereiro deste ano.
Na reportagem, uma quadrilha – cujos membros foram identificados como Pedro Michel, Paulo Henrique, Marília Cavalcante e Jordana Castilho – foi presa pela Polícia Civil por aplicar o golpe na frente de um supermercado e que, ao vender as panelas falsificadas, aproveitavam para clonar os cartões das vítimas.
Segundo o delegado da Polícia Civil local, Paulo Berenguer, o grupo já havia praticado a fraude no Rio Grande do Sul, Mato Grosso, São Paulo e Ceará. Em Pernambuco, eles agiram por 20 dias, até serem descobertos.
“Eles estacionam esses carros dentro de supermercados ou em centros comerciais bastante movimentados, abordam os clientes nas saídas, oferecendo os produtos a um preço módico, e, a partir daí, quando as vítimas apresentam os cartões de crédito, eles clonam esse cartão e obtêm um lucro ilícito”, disse o delegado.
A tática dos membros da quadrilha para conseguir concretizar a venda em Pernambuco era a mesma usada com o advogado e a sua esposa em Cuiabá: riscas as panelas e jogar as tampas de vidro no chão, para provar a qualidade dos utensílios.
Com a quadrilha, foram apreendidas várias panelas, máquinas de cartão de crédito, canhotos de cheques, notas fiscais e uma caminhonete. No entanto, como o grupo não foi pego em flagrante, cada um dos suspeitos foi ouvido e liberado.
O diretor do Procon Municipal, Carlos Rafael, afirmou que a denúncia do advogado foi a primeira sobre o caso a ser registrada no órgão de defesa do consumidor, mas não exclui a possibilidade de que outras pessoas tenham sido lesadas na Capital.
“É uma verdadeira situação de ‘comprar gato por lebre’. Ela diz que é uma panela de valor x, o cliente paga e o produto não tem a qualidade apresentada. De qualquer forma, além da prática lesiva ao consumidor, há a prática penal, por ofertar um produto que não corresponde ao que é veiculado”, disse.
Segundo o diretor, a delegada Ana Cristina Feldner, da Delegacia Especializada do Consumidor (Decon), já foi informada da situação e deve abrir um procedimento de investigação já na próxima segunda-feira (20), uma vez que a mulher ainda estaria agindo em Cuiabá.
Conforme Rafael, o Procon irá auxiliar as possíveis vítimas do golpe com ações junto às instituições financeiras, a fim de tentar reaver o dinheiro pago por elas pelos produtos falsificados.
“Na segunda, nós vamos levantar as informações e entrar em contato com as instituições financeiras. O grande problema é que, a princípio, para essas instituições, não houve lesão ao consumidor. O ideal é que possamos identificar a pessoa que vem fazendo isso e leva-la até a Delegacia do Consumidor”, afirmou.
O diretor orienta às pessoas que foram vítimas do “golpe das panelas” na Capital para procurarem o Procon Municipal e formalizarem sua denúncia, pois há sanções previstas no Código de Defesa do Consumidor contra esse tipo de prática.
“Ela nos abordou já do lado de fora do mercado, na rua que dá acesso ao estacionamento, e nos ofereceu essas panelas. Ela estava abordando várias pessoas que entravam ali, afirmando que participou de uma exposição na Capital e que precisava se desfazer dos produtos o mais rápido possível para seguir viagem”, afirmou.
O conjunto de panelas oferecido ao casal custava R$ 750. Para provar a resistência do produto, a mulher chegou a usar uma chave de fenda para tentar “riscar” os fundos da panela – provando que a mesma não apresenta nenhum dano após a ação – e ainda jogou a tampa de vidro no chão, mostrando que a mesma era “inquebrável”.
A suposta vendedora chegou a mostrar um “bolo” de comprovantes de cartões de crédito de vendas que teriam sido feitas na Capital, para comprovar que era uma comerciante legalizada.
“Ela mostrou comprovantes de cartão de até R$ 1,4 mil, de pessoas que compraram coisas com ela por aqui”, disse.
Mesmo assim, o advogado disse ter ficado desconfiado da conversa e das atitudes da mulher – bem como a forma como foi abordado, no escuro e tarde da noite – e resolveu tirar fotos tanto da vendedora, enquanto ela mostrava todos os benefícios do produto à sua esposa.
“Vimos que o produto era aparentemente muito bom, mas fiquei desconfiado. E a mulher, quando viu que eu estava tirando fotos, ficou bastante nervosa e quis desistir da venda”, disse.
O casal acabou por comprar as panelas com a suposta comerciante, pagando um total de R$ 250 pelo conjunto, mas descobriu, ao chegar em sua casa, que o produto era falsificado.
“A panela que ela vende é falsificada e ela a está vendendo em vários lugares. Quando chegamos em casa, vi que a panela era falsa, que estava soltando a tinta do lado externo, próximo ao cabo”, afirmou.
“Já alertei o Procon Municipal e vou registrar um boletim de ocorrência, porque outras pessoas podem ter caído ou ainda irão cair nesse golpe”, completou.
Clonagem de cartões
O problema, porém, pode ser mais grave do que apenas a falsificação do material adquirido. Ao fazer pesquisa na internet, o advogado verificou a semelhança da mulher que o abordou com uma suspeita que foi presa pelo mesmo golpe em Recife (PE), e liberada por falta de flagrante.
“Tenho certeza de que se trata da mesma pessoa. E, nesses golpes que ela aplicou em outros locais, ela usava a máquina de cartões para clonar os cartões de crédito das vítimas. Inclusive já bloqueei o meu cartão para não correr esse risco”, afirmou.
A matéria assistida pelo advogado foi veiculada pelo jornal “O Povo na TV”, do canal SBT, em 13 de fevereiro deste ano.
Na reportagem, uma quadrilha – cujos membros foram identificados como Pedro Michel, Paulo Henrique, Marília Cavalcante e Jordana Castilho – foi presa pela Polícia Civil por aplicar o golpe na frente de um supermercado e que, ao vender as panelas falsificadas, aproveitavam para clonar os cartões das vítimas.
Segundo o delegado da Polícia Civil local, Paulo Berenguer, o grupo já havia praticado a fraude no Rio Grande do Sul, Mato Grosso, São Paulo e Ceará. Em Pernambuco, eles agiram por 20 dias, até serem descobertos.
“Eles estacionam esses carros dentro de supermercados ou em centros comerciais bastante movimentados, abordam os clientes nas saídas, oferecendo os produtos a um preço módico, e, a partir daí, quando as vítimas apresentam os cartões de crédito, eles clonam esse cartão e obtêm um lucro ilícito”, disse o delegado.
A tática dos membros da quadrilha para conseguir concretizar a venda em Pernambuco era a mesma usada com o advogado e a sua esposa em Cuiabá: riscas as panelas e jogar as tampas de vidro no chão, para provar a qualidade dos utensílios.
Com a quadrilha, foram apreendidas várias panelas, máquinas de cartão de crédito, canhotos de cheques, notas fiscais e uma caminhonete. No entanto, como o grupo não foi pego em flagrante, cada um dos suspeitos foi ouvido e liberado.
O diretor do Procon Municipal, Carlos Rafael, afirmou que a denúncia do advogado foi a primeira sobre o caso a ser registrada no órgão de defesa do consumidor, mas não exclui a possibilidade de que outras pessoas tenham sido lesadas na Capital.
“É uma verdadeira situação de ‘comprar gato por lebre’. Ela diz que é uma panela de valor x, o cliente paga e o produto não tem a qualidade apresentada. De qualquer forma, além da prática lesiva ao consumidor, há a prática penal, por ofertar um produto que não corresponde ao que é veiculado”, disse.
Segundo o diretor, a delegada Ana Cristina Feldner, da Delegacia Especializada do Consumidor (Decon), já foi informada da situação e deve abrir um procedimento de investigação já na próxima segunda-feira (20), uma vez que a mulher ainda estaria agindo em Cuiabá.
Conforme Rafael, o Procon irá auxiliar as possíveis vítimas do golpe com ações junto às instituições financeiras, a fim de tentar reaver o dinheiro pago por elas pelos produtos falsificados.
“Na segunda, nós vamos levantar as informações e entrar em contato com as instituições financeiras. O grande problema é que, a princípio, para essas instituições, não houve lesão ao consumidor. O ideal é que possamos identificar a pessoa que vem fazendo isso e leva-la até a Delegacia do Consumidor”, afirmou.
O diretor orienta às pessoas que foram vítimas do “golpe das panelas” na Capital para procurarem o Procon Municipal e formalizarem sua denúncia, pois há sanções previstas no Código de Defesa do Consumidor contra esse tipo de prática.
Fonte: Lislaine dos Anjos / Site MidiaNews
2 comentários:
Essa mesma mulher me abordou no estacionamento do supermercado ASSAI ontem era umas 18h com a mesma ladainha!
Caí no mesmo golpe em Martinópolis/SP. Entrei em contato com ela para desfazer a compra e ela inventa cada dia uma história diferente.
Fui ao PROCON para tentar cancelar o débito e eles me orientaram a procurar a Justiça.
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